Arrasta uma cadeira e senta pra gente prosear...

O Ana Maria Pantaneira vai tratar dos assuntos do cotidiano de Mato Grosso do Sul.

O melhor do mundo está aqui, o Pantanal.Vem pra cá conhecer essa terra sem igual, aqui temos o que você procurar, oferecemos uma terra fértil para plantar, temos homens e mulheres simples do campo que gentilmente lhe chama para um bom churrasco e na sombra da mangueira se refrescar, grandes rios que na época certa você pode pescar, gado leiteiro, gado de corte, uma roça farta para você se deliciar, turismo também para você não vai faltar: Pantanal, Bonito, Bodoquena, Aquidauana, Jardim, Miranda, Coxim, Rio Verde, Rio Negro, Corumbá e Campo Grande a nossa linda capital, tem tanta coisa que aqui não dá para enumerar só você vindo pra cá. A música daqui é sensacional:Almir Sater, Grupo Acaba, Delinha, Marlon Maciel, Michel Teló, Luan Santana, Nei Matogrosso, Lenilde Ramos, Guilherme Rondon, são tantos.
Para lhe contar mais, venha nos visitar, arrasta uma cadeira e vamos prosear!

O nome Ana Maria Pantaneira é uma homenagem ao estado de Mato Grosso do Sul, o meu estado. Esta é a minha terra, aqui é o meu lugar!!!



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terça-feira, 26 de agosto de 2008

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE CAMPO GRANDE

MONTE ALEGRE DE MINAS Eurípedes Barsanulfo Pereira A história da fundação de Campo Grande está ligada a Monte Alegre de Minas, cidade do Triângulo Mineiro, de onde partiu José Antônio Pereira, naquele longínquo 1872. Suas origens guardam certas similaridades com as nossas. "No começo do Século XIX, uma numerosa família mineira, cujo chefe era Martins Pereira, na tentativa de apossar-se de terras devolutas no Sertão de Goiás, empreendeu viagem de mudança para aquelas plagas inóspitas, seguindo corajosamente a caravana de aventureiros por um caminho aberto, que ligava parte da Capitania das Minas Gerais às terras goianas, naquele rumo. Quando a caravana alcançava o ponto do caminho onde fica hoje a cidade, adoeceu gravemente um de seus membros, motivando essa fatalidade uma parada obrigatória de alguns meses. Sem recursos de remédios que o caso exigia, para combater a enfermidade, fervorosos devotos que eram de São Francisco das Chagas, o chefe da família fez então uma promessa ao Santo, de doar naquela localidade um terreno para a construção de uma Capela, que ali seria edificada em seu louvor, caso o doente recebesse o milagre da cura. Foi recebida a Graça suplicada ao milagroso Santo. Por esse motivo resolveram não seguir viagem até que se colocasse em prática o que havia sido prometido. Com a junção de outros aventureiros, que seguiram o mesmo itinerário, formaram uma agregação às famílias de Antônio Luiz Pereira, Gonçalves da Costa, Martins de Sá, Manoel Feliz e Cardosos. Esses primeiros povoadores, do arraial em formação, abrigaram-se em humildes ranchos, construídos na sua maioria de madeira, capim e palha de buriti, em ruelas abertas às margens dos córregos "Monte Alegre" e "Maria Elias", onde a servidão de excelente água era abundante nos regos derivados das nascentes. Na extremidade do triângulo formado pela confluência desses veios de água, traçaram-se as primeiras ruas curvas da futura cidade, a quadra para a necrópole e a praça onde foi erguida a Capela de São Francisco das Chagas, o Padroeiro da Povoação." (1) José Antônio Pereira, nascido em Barbacena em 1825, após casar-se com Maria Carolina de Oliveira em São João Del-Rei, acabou fixando residência no Arraial de São Francisco das Chagas do Monte Alegre, em meados do século XIX. Ali nasceram e cresceram seus filhos, casaram-se as filhas Maria Carolina e Ana Constança, respectivamente, com os irmãos Antônio Gonçalves Martins e Manoel Gonçalves Martins, filhos de fundadores daquele Povoado. Mais tarde, sua neta Maria Joaquina acabaria se consorciando com Tomé Martins Cardoso, filho, também, de fundadores de Monte Alegre. Naquela época, seu filho Antônio Luiz Pereira, no verdor da mocidade, mantinha, segundo relato de seus familiares, não pequeno círculo de amizades, em razão de seu espírito comunicativo de violeiro. Quando partiu definitivamente de Monte Alegre, lá deixou, segundo as mesmas fontes, namorada abanando "lencinho branco", no momento da despedida. (2) Tão marcante foi sua presença em seu torrão natal, que décadas mais tarde, dos familiares, apenas seu nome sobreviveu na memória dos moradores mais antigos, e nos relatos dos historiadores daquela cidade. (1) Embora plenamente integrada à comunidade local, a família de José Antônio Pereira estava se multiplicando em numerosa prole. Esse fato levou-o a procurar uma região onde pudesse obter terras para todos. Bem que poderia ser nos sertões de Goiás. Vários desbravadores mineiros haviam para lá se dirigido, e acabaram se estabelecendo em fazendas no Planalto Central. (4) Um acontecimento importante, nessa altura, veio determinar a disposição de José Antônio Pereira para uma aventura rumo a solos mais distantes: a Guerra do Paraguai e a Retirada da Laguna. A coluna do Exército Brasileiro que veio defender o território sul-mato-grossense, naquele triste conflito, fez bivaque no lugar denominado Pimenta, nas cercanias do Arraial de São Francisco das Chagas do Monte Alegre, tendo chegado ao Povoado às onze horas do dia quatorze de setembro de 1865. (3) O Visconde de Taunay descreveu o lugarejo no livro Marcha das Forças (Expedição de Matto Grosso) 1865-1866 - Do Rio de Janeiro ao Coxim: "Esta povoação do termo do Prata conta 400 a 500 habitantes e algumas casas commodas, caiadas e cobertas de telhas. A matriz offerece simples apparencia e fecha uma pequena praça rodeada de palhoças. O commercio, quasi nullo, se mantem, embora em muito insignificante escala, pela passagem, hoje rara, de lotes de animaes." (3) Jovens moradores e filhos de Monte Alegre acabaram sendo recrutados e reforçaram a tropa dos Voluntários da Pátria, para a guerra. A presença de soldados monte-alegrenses foi registrada pelo historiador Alaor Guimarães Mendonça. (1) Conta-nos que Eliziário Ribeiro de Vasconcelos, octogenário na década de 70, conhecido como Caboclo, lembra-se de que muitos de seus parentes e amigos estiveram entre os que participaram da expedição até o Paraguai. Os soldados Pedro Paraguaio e Martinho Paraguaio, cujos sobrenomes são originados da guerra, também participaram e retornaram para Monte Alegre, ficando naquela cidade até a morte. João Lopes e Patrocínio Franklin Pinto, estão igualmente entre os monte-alegrenses que integraram as forças que marcharam até o País vizinho, e participaram da Retirada da Laguna. Acompanhando as tropas brasileiras, porém como carreiros, fornecedores de gêneros alimentícios e outras mercadorias, e que sofreram toda uma série de privações, incluem-se Joaquim Nunes, Antônio Miranda e Feliciano Nogueira Mendes Teixeira, este, apelidado "Coelho Nogueira"; todos originários de Monte Alegre. (1) Esses homens, heróis da campanha da Laguna, acabaram, em seu retorno, comentando sobre as terras situadas ao sul da antiga Província de Mato Grosso. Os campos grandes da Vacaria tornaram-se, então, notícia corrente no Sertão da Farinha Podre, região mineira que abrangia os povoados da Prata e Monte Alegre. Motivado por essas informações, José Antônio Pereira resolveu buscar essas terras, escolhendo trilhar parte dos caminhos que haviam sido percorridos pelos Voluntários da Pátria, a partir do Arraial de São Francisco das Chagas do Monte Alegre, atual Monte Alegre de Minas. BIBLIOGRAFIA: 1. MENDONÇA, ALAOR GUIMARÃES: Monumento aos Heróicos Retirantes de Laguna. Publicação da Prefeitura Municipal de Monte Alegre de Minas, 1984, 27 pag. 2. DEPOIMENTOS DE: Júnia de Souza Lacerda e Maria de Souza Marawieski - Bisnetas de José Antônio Pereira. 3. TAUNAY, VISCONDE: Marcha das Forças (Expedição de Matto Grosso) 1865-1866 - Do Rio de Janeiro ao Coxim, Editora Cia. Melhoramentos de S. Paulo, 1928, 148 pag. 4. LENA CASTELLO BRANCO FERREIRA DE FREITAS e NANCY RIBEIRO DE ARAÚJO E SILVA: Antigas Fazendas do Planalto Central. In: Ciências Humanas em Revista. Revista do Instituto de Ciências Humanas e Letras. Universidade Federal de Goiás.

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